In Publico
Por José Bento Amaro
16.03.2010 - 07:46
16.03.2010 - 07:46
A Polícia Judiciária (PJ) estima em mais de três dezenas as pessoas que, todos os anos, são vítimas de sequestro e traficadas de Portugal para Espanha, onde depois são escravizadas em instalações agrícolas.
O mais recente inquérito de sequestro, tráfico de pessoas e escravidão foi remetido ontem a tribunal através do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda e reporta-se a um caso que envolve um homem de 27 anos que, em Agosto do ano passado, terá sido transportado contra a sua vontade para uma quinta em Espanha onde trabalhou sem receber salário.
Há dois arguidos no processo, os quais ficavam com o dinheiro da vítima e a ameaçavam de cada vez que esta dizia querer voltar à sua terra.
Após a fuga do homem e denúncia do caso, a Polícia Judiciária concluiu que os suspeitos, de 33 e 48 anos, serão ainda responsáveis por um outro caso de escravidão, envolvendo um casal português, e suspeitos de terem praticado o mesmo delito com mais uma dezena de pessoas arregimentadas em pequenas aldeias da região da Serra da Estrela.
Segundo a Judiciária, as vítimas escolhidas pelos traficantes de seres humanos são pessoas com fracos recursos financeiros, que aceitam ir para Espanha a troco de vencimentos que em pouco excedem o ordenado mínimo em Portugal, e que também possuem "diversas debilidades", seja porque a sua instrução é muito reduzida ou porque são influenciáveis e cedem a chantagens.
São, muitas vezes, desempregados que, nas suas terras, não possuem qualquer ocupação.
No final do ano passado, no final de mais uma investigação deste tipo de crimes, a Polícia Judiciária chegou ainda a uma zona agrícola de Espanha onde os trabalhadores arrregimentados em Portugal eram, no final do dia de labuta, encerrados e acorrentados num aviário.
Quem procedia a esta tarefa eram os recrutadores, que também lhes ficavam com os vencimentos e com os documentos pessoais, de modo a dificultarem eventuais tentativas de fuga.
No caso do homem de 27 anos cujo inquérito foi agora concluído pela PJ não foram recolhidos indícios que apontem para a responsabilização dos proprietários das herdades espanholas para onde são encaminhadas as pessoas.
As investigações dizem que a total responsabilidade dos crimes é dos suspeitos identificados, os quais são não só angariadores, mas também raptores e até trabalhadores dessas mesmas explorações.
O mais recente inquérito de sequestro, tráfico de pessoas e escravidão foi remetido ontem a tribunal através do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda e reporta-se a um caso que envolve um homem de 27 anos que, em Agosto do ano passado, terá sido transportado contra a sua vontade para uma quinta em Espanha onde trabalhou sem receber salário.
Há dois arguidos no processo, os quais ficavam com o dinheiro da vítima e a ameaçavam de cada vez que esta dizia querer voltar à sua terra.
Após a fuga do homem e denúncia do caso, a Polícia Judiciária concluiu que os suspeitos, de 33 e 48 anos, serão ainda responsáveis por um outro caso de escravidão, envolvendo um casal português, e suspeitos de terem praticado o mesmo delito com mais uma dezena de pessoas arregimentadas em pequenas aldeias da região da Serra da Estrela.
Segundo a Judiciária, as vítimas escolhidas pelos traficantes de seres humanos são pessoas com fracos recursos financeiros, que aceitam ir para Espanha a troco de vencimentos que em pouco excedem o ordenado mínimo em Portugal, e que também possuem "diversas debilidades", seja porque a sua instrução é muito reduzida ou porque são influenciáveis e cedem a chantagens.
São, muitas vezes, desempregados que, nas suas terras, não possuem qualquer ocupação.
No final do ano passado, no final de mais uma investigação deste tipo de crimes, a Polícia Judiciária chegou ainda a uma zona agrícola de Espanha onde os trabalhadores arrregimentados em Portugal eram, no final do dia de labuta, encerrados e acorrentados num aviário.
Quem procedia a esta tarefa eram os recrutadores, que também lhes ficavam com os vencimentos e com os documentos pessoais, de modo a dificultarem eventuais tentativas de fuga.
No caso do homem de 27 anos cujo inquérito foi agora concluído pela PJ não foram recolhidos indícios que apontem para a responsabilização dos proprietários das herdades espanholas para onde são encaminhadas as pessoas.
As investigações dizem que a total responsabilidade dos crimes é dos suspeitos identificados, os quais são não só angariadores, mas também raptores e até trabalhadores dessas mesmas explorações.
1 comment:
A nossa natureza se não for controlada está sempre lá, até nos nossos dias onde supostamente deveriamos ser mais evoluídos.
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