por Luis Lobato de FariaA Arte Rupestre acompanha o Homem desde o Paleolítico Superior até às sociedades etnográficas de hoje. Taçon e Chippindale (1994, p. 225) apud Nash (2005, p. 83) encontram mesmo uma mudança na guerra primitiva dos caçadores-recolectores da Austrália, há 20 000-10 000 anos e através da Arte Rupestre, temos então uma mudança de combates de pequena escala para batalhas de grande escala. Keeley (1997, p. 134) traz-nos confrontos etnográficos entre San, armados com arcos, e bantu com escudos, lanças e knobkerries. Harris descreve assim a Arte Rupestre da Idade do Bronze na Escandinávia: "Muchas escenas rupestres parecen representar gente luchando, es decir, hombres armados enfrentándose entre sí com armas – hachas por general – levantadas como para atacar (…) Generalmente essas escenas representan solo a uno o dos indivíduos…". Osgood et al. (2000, p. 59) descreve a Arte Rupestre da Galiza como a mais estudada para a Idade do Bronze, as armas representadas são adagas e alabardas, por vezes temos várias armas representadas que podem simbolizar uma deposição votiva. Nash (2005, p. 80) encontra a Arte Rupestre dos caçadores-recolectores da Europa concentrada em três zonas: Norte da Escandinávia, Val Camonica e Levante Espanhol.
A Arte Rupestre Levantina encontra-se na Península Ibérica na costa Este de Espanha, os arqueossítios com representações que podem ser interpretadas como batalhas e outros indícios de guerra primitiva encontram-se principalmente em dois grupos, um na zona de Castellón e outro na zona de Moratalla-Nerpio temos também representações com interesse dentro da temática, mas em menor número, em Teruel, Valência, Alicante e Albacete (Mateo Saura, 2000, p. 111-114). A datação da Arte da Arte Rupestre Levantina está envolta em polémica. Para Mateo Saura (2000) é obra de comunidades Epipaleolíticas. Beltrán (1999, p. 7-42) divide a esta forma de Arte em seis fases, tendo início no Epipaleolítico (antes de 12 000 BP) e continuando até ao Bronze (1200 a.C.), aparecendo as figuras humanas estilizadas na IV fase ou fase plena que andaria por 4 000 a.C.. Já Alonso Tejada e Grimal (1999, p. 43-76) apontam a criação da Arte Levantina para o período entre o VIII e o V milénio. Estudando a cultura material dos arqueossítios onde temos estas representações, Aparicio Pérez e Morote Barbeará (1999, p. 77-184) constatam que 63% das ocupações mais antigas se enquadram no Mesolítico entre 10 000 a.C. e 5 000 a.C., mas de um modo geral temos ocupações desde o Mesolítico até ao Bronze. Uma nova perspectiva surge com a possibilidade das figuras da Arte Levantava terem sido feitas por cima de Arte macro esquemática associada ao Neolítico Antigo, logo serem mais recentes (Guilaine e Zammit 2002, p. 139-140). Hernández (1992, p. 442) apud Kunst (2000, p. 135) chama a atenção para alguns dos objectos representados na Arte Levantina sugerirem uma datação do Calcolítico, como as representações de pontas de setas do tipo foliáceo e triangular. Nash (2005, p. 84) vê a Arte Levantina com origens no Mesolítico ou Neolítico. O início da Arte Levantina, segundo a maior parte dos autores referidos, deu-se no Epipaleolítico – Mesolítico.
A Arte Levantina é um documento directo para conhecer o quotidiano de quem a produziu, nas palavras de Mateo Saura (2000, p. 111): "…la pintura levantina es reflejo de la realidad social y económica de sus autores…". Segundo Nash (2005, p. 75): "Within the hunter-gatherer rock-art assemblage of Levantine Spain, however, there is a group of representational figures that portrait a society, the social and political framework of witch rests, in part, upon violence revealed in scenes execution, skirmishing and warfare (Beltrán 1968; 1982; Bosh Gimpera 1964; Cabré Aguiló 1915; Dams 1984; Mateu 2002; Nash 2000; Pericot Garcia 1950)". Não podemos esquecer o carácter ritual da Arte Rupestre, mas se existem representações de guerra primitiva é porque esta tem algum papel na sociedade que a realiza, como já foi frisado nesta tese.
Na Arte Levantina é possível reconhecer figuras humanas armadas com arcos e setas. Temos arqueiros em grupos que se confrontam, estes grupos variam em número, chegando a ter dezenas de elementos, e adoptam várias formações. Alguns dos intervenientes lançam flechas contra o outro grupo, enquanto que outros estão crivados de flechas. Nas palavras de Nash: "Warring scenes usually involve two sets of opposed (energetic) warriors, with bows drawn". Segundo Guilaine e Zammit (2002, p. 121): "Dos grupos de combatientes están tomando posiciones. A la derecha se situa una vintena de indivíduos (…) A la izquierda, quinze combatientes hacen la guerra: unos lanzan proyectiles…". Algumas pinturas são compostas por arqueiros de um mesmo grupo em várias formações, temos grupos estáticos a disparar os seus arcos, outros estão em movimento e parecem atacar o grupo adversário a partir de várias direcções. Temos então a presença de tácticas, nas palavras de Mateo Saura (2000, p. 116): "El estudio de la situación topográfica de cada motivo en estas composiciones de lucha ha servido para reseñar la utilización de diversas técnicas de lucha por parte de los combatientes (Jordá, 1975; Molinos, 1987), hablándose de estrategias y desdoblamientos tácticos…".
Mateo Saura (2000, p. 114) frisa que apesar do convencionalismo da Arte Levantina por vezes temos um tratamento distinto, uma tentativa de diferenciar os diferentes grupos, pela forma dos indivíduos ou mesmo pelos traços etnográficos. Para Guilaine e Zammit (2002, p. 123) as diferenças representam uma batalha entre povoações distintas com estilo e modo de actuar diferentes. Segundo Nash (2005, p.82) temos mesmo líderes e algum destaque da masculinidade: "…Within the Levantine material, warring archers appear to be ranked and are usually recognized by the varying complexity of the head-dresses. (…) many appear to have a phallus, suggesting that the artist is attempting to emphasize maleness…" Ainda segundo este autor os líderes ocupam lugares estrategicamente localizados na rectaguarda ou no flanco da batalha, representam possivelmente chefes que comandam as manobras da batalha (p. 84). Outra das diferenças encontradas é referida por Kuhn (1952) apud Nash (2005, p. 82) temos dois tipos de arco nas representações o que pode significar diferentes métodos de fabrico no tempo ou regionais. Os arcos representados variam entre pequenos arcos convexos e arcos compridos por vezes de dupla curvatura, os diferentes tipos de arcos apontam para alguma especialização e podem ser mesmo uma pista para encontrarmos grupos culturais diferentes (Guilaine e Zammit 2002, p. 84-86).
Outras representações merecem destaque, como o Abrigo de Sautoala de Nerpio, segundo Mateo Saura (2000, p. 114) temos uma pintura em que os arqueiros estão numa posição estática e disparam os seus arcos, contra o inimigo, protegidos por uma barreira, esta pode ser uma característica do meio, por exemplo um rio, pode também ser uma muralha ou uma paliçada, simboliza definitivamente uma fronteira. Segundo Guilaine e Zammit (2002, p. 130-134) outras representações mostram execuções, com vários indivíduos armados com arcos e flechas em fila e um indivíduo isolado crivado de flechas, podemos ter um castigo, um sacrifício ou a execução de prisioneiros. Mateo Saura (2000, p. 120) inclina-se mais para uma execução de prisioneiros que considera característica das sociedades de caçadores-recolectores. Existem representações que podem ser marchas de guerra, com os arqueiros em fila e adornados, armados com arcos e flechas e por vezes marchando para a batalha, estas representações podem também ser danças (Mateo Saura, 2000, p. 118-120).
Nas representações da Arte Rupestre Levantina não temos duelos de campeões que são característicos de períodos mais recentes. Estamos perante grupos distintos que se confrontam com armas e com a intenção de matar, segundo a maior parte das definições temos guerra. Esta guerra é semelhante á guerra primitiva na forma de uma batalha campal. Várias sociedades etnográficas possuem esta forma de guerra, por exemplo os Dani da Nova Guiné (Keeley, 1997, Foto n.º 1) ou os Murngin do Norte da Austrália (Warner apud Harris, 2004, p. 426), este último povo tem mesmo um homicídio ritual bastante semelhante às representações da Arte Levantina que parecem ser execuções.
Mateo Saura (2000, p. 124), acerca das causas desta guerra primitiva, explica: "…coincidimos com la idea ya expuesta hace años por J. Cabré (1915) de que la causa última para estos enfrentamientos reflejados en las pinturas pudiera ser la penetración de cazadores en las demarcaciones territoriales controladas por otros grupos humanos, obligados por una diminución temporal de caza, o escasez de la misma, en su propio espacio de control.". Para Mateo Saura (2000, p. 111) os grupos humanos que produziram a Arte Levantina são uma sociedade de bandos dedicada à caça e à recolecção, sem agricultura e pastorícia. Enquanto que para Guilaine e Zammit (2002, 134-136) o elevado número de arqueiros em batalha, em algumas composições, aponta grupos com perto de uma centena de indivíduos, somando mulheres e crianças, estes números apontam para sociedades já com agricultura e pastorícia.
A Arte Rupestre Levantina encontra-se na Península Ibérica na costa Este de Espanha, os arqueossítios com representações que podem ser interpretadas como batalhas e outros indícios de guerra primitiva encontram-se principalmente em dois grupos, um na zona de Castellón e outro na zona de Moratalla-Nerpio temos também representações com interesse dentro da temática, mas em menor número, em Teruel, Valência, Alicante e Albacete (Mateo Saura, 2000, p. 111-114). A datação da Arte da Arte Rupestre Levantina está envolta em polémica. Para Mateo Saura (2000) é obra de comunidades Epipaleolíticas. Beltrán (1999, p. 7-42) divide a esta forma de Arte em seis fases, tendo início no Epipaleolítico (antes de 12 000 BP) e continuando até ao Bronze (1200 a.C.), aparecendo as figuras humanas estilizadas na IV fase ou fase plena que andaria por 4 000 a.C.. Já Alonso Tejada e Grimal (1999, p. 43-76) apontam a criação da Arte Levantina para o período entre o VIII e o V milénio. Estudando a cultura material dos arqueossítios onde temos estas representações, Aparicio Pérez e Morote Barbeará (1999, p. 77-184) constatam que 63% das ocupações mais antigas se enquadram no Mesolítico entre 10 000 a.C. e 5 000 a.C., mas de um modo geral temos ocupações desde o Mesolítico até ao Bronze. Uma nova perspectiva surge com a possibilidade das figuras da Arte Levantava terem sido feitas por cima de Arte macro esquemática associada ao Neolítico Antigo, logo serem mais recentes (Guilaine e Zammit 2002, p. 139-140). Hernández (1992, p. 442) apud Kunst (2000, p. 135) chama a atenção para alguns dos objectos representados na Arte Levantina sugerirem uma datação do Calcolítico, como as representações de pontas de setas do tipo foliáceo e triangular. Nash (2005, p. 84) vê a Arte Levantina com origens no Mesolítico ou Neolítico. O início da Arte Levantina, segundo a maior parte dos autores referidos, deu-se no Epipaleolítico – Mesolítico.
A Arte Levantina é um documento directo para conhecer o quotidiano de quem a produziu, nas palavras de Mateo Saura (2000, p. 111): "…la pintura levantina es reflejo de la realidad social y económica de sus autores…". Segundo Nash (2005, p. 75): "Within the hunter-gatherer rock-art assemblage of Levantine Spain, however, there is a group of representational figures that portrait a society, the social and political framework of witch rests, in part, upon violence revealed in scenes execution, skirmishing and warfare (Beltrán 1968; 1982; Bosh Gimpera 1964; Cabré Aguiló 1915; Dams 1984; Mateu 2002; Nash 2000; Pericot Garcia 1950)". Não podemos esquecer o carácter ritual da Arte Rupestre, mas se existem representações de guerra primitiva é porque esta tem algum papel na sociedade que a realiza, como já foi frisado nesta tese.
Na Arte Levantina é possível reconhecer figuras humanas armadas com arcos e setas. Temos arqueiros em grupos que se confrontam, estes grupos variam em número, chegando a ter dezenas de elementos, e adoptam várias formações. Alguns dos intervenientes lançam flechas contra o outro grupo, enquanto que outros estão crivados de flechas. Nas palavras de Nash: "Warring scenes usually involve two sets of opposed (energetic) warriors, with bows drawn". Segundo Guilaine e Zammit (2002, p. 121): "Dos grupos de combatientes están tomando posiciones. A la derecha se situa una vintena de indivíduos (…) A la izquierda, quinze combatientes hacen la guerra: unos lanzan proyectiles…". Algumas pinturas são compostas por arqueiros de um mesmo grupo em várias formações, temos grupos estáticos a disparar os seus arcos, outros estão em movimento e parecem atacar o grupo adversário a partir de várias direcções. Temos então a presença de tácticas, nas palavras de Mateo Saura (2000, p. 116): "El estudio de la situación topográfica de cada motivo en estas composiciones de lucha ha servido para reseñar la utilización de diversas técnicas de lucha por parte de los combatientes (Jordá, 1975; Molinos, 1987), hablándose de estrategias y desdoblamientos tácticos…".
Mateo Saura (2000, p. 114) frisa que apesar do convencionalismo da Arte Levantina por vezes temos um tratamento distinto, uma tentativa de diferenciar os diferentes grupos, pela forma dos indivíduos ou mesmo pelos traços etnográficos. Para Guilaine e Zammit (2002, p. 123) as diferenças representam uma batalha entre povoações distintas com estilo e modo de actuar diferentes. Segundo Nash (2005, p.82) temos mesmo líderes e algum destaque da masculinidade: "…Within the Levantine material, warring archers appear to be ranked and are usually recognized by the varying complexity of the head-dresses. (…) many appear to have a phallus, suggesting that the artist is attempting to emphasize maleness…" Ainda segundo este autor os líderes ocupam lugares estrategicamente localizados na rectaguarda ou no flanco da batalha, representam possivelmente chefes que comandam as manobras da batalha (p. 84). Outra das diferenças encontradas é referida por Kuhn (1952) apud Nash (2005, p. 82) temos dois tipos de arco nas representações o que pode significar diferentes métodos de fabrico no tempo ou regionais. Os arcos representados variam entre pequenos arcos convexos e arcos compridos por vezes de dupla curvatura, os diferentes tipos de arcos apontam para alguma especialização e podem ser mesmo uma pista para encontrarmos grupos culturais diferentes (Guilaine e Zammit 2002, p. 84-86).
Outras representações merecem destaque, como o Abrigo de Sautoala de Nerpio, segundo Mateo Saura (2000, p. 114) temos uma pintura em que os arqueiros estão numa posição estática e disparam os seus arcos, contra o inimigo, protegidos por uma barreira, esta pode ser uma característica do meio, por exemplo um rio, pode também ser uma muralha ou uma paliçada, simboliza definitivamente uma fronteira. Segundo Guilaine e Zammit (2002, p. 130-134) outras representações mostram execuções, com vários indivíduos armados com arcos e flechas em fila e um indivíduo isolado crivado de flechas, podemos ter um castigo, um sacrifício ou a execução de prisioneiros. Mateo Saura (2000, p. 120) inclina-se mais para uma execução de prisioneiros que considera característica das sociedades de caçadores-recolectores. Existem representações que podem ser marchas de guerra, com os arqueiros em fila e adornados, armados com arcos e flechas e por vezes marchando para a batalha, estas representações podem também ser danças (Mateo Saura, 2000, p. 118-120).
Nas representações da Arte Rupestre Levantina não temos duelos de campeões que são característicos de períodos mais recentes. Estamos perante grupos distintos que se confrontam com armas e com a intenção de matar, segundo a maior parte das definições temos guerra. Esta guerra é semelhante á guerra primitiva na forma de uma batalha campal. Várias sociedades etnográficas possuem esta forma de guerra, por exemplo os Dani da Nova Guiné (Keeley, 1997, Foto n.º 1) ou os Murngin do Norte da Austrália (Warner apud Harris, 2004, p. 426), este último povo tem mesmo um homicídio ritual bastante semelhante às representações da Arte Levantina que parecem ser execuções.
Mateo Saura (2000, p. 124), acerca das causas desta guerra primitiva, explica: "…coincidimos com la idea ya expuesta hace años por J. Cabré (1915) de que la causa última para estos enfrentamientos reflejados en las pinturas pudiera ser la penetración de cazadores en las demarcaciones territoriales controladas por otros grupos humanos, obligados por una diminución temporal de caza, o escasez de la misma, en su propio espacio de control.". Para Mateo Saura (2000, p. 111) os grupos humanos que produziram a Arte Levantina são uma sociedade de bandos dedicada à caça e à recolecção, sem agricultura e pastorícia. Enquanto que para Guilaine e Zammit (2002, 134-136) o elevado número de arqueiros em batalha, em algumas composições, aponta grupos com perto de uma centena de indivíduos, somando mulheres e crianças, estes números apontam para sociedades já com agricultura e pastorícia.
Referências:
APARICIO PÉREZ, j.; MOROTE BARBERÁ, J. Guillermo (1999) – Yacimientos arqueológicos y datación del A. R. L. in Cronologia del Arte rupestre levantino. Valência: Real Academia de Cultura Valenciana.
BELTRÁN, António (1999) – Cronologia del Arte levantino: cuestiones críticas. In Cronologia del Arte rupestre levantino. Valência: Real Academia de Cultura Valenciana.
GUILAINE, Jean; Zammit, Jean (2002) - Le sentier de la guerre : visages de la violence préhistorique. Paris: Éditions du Seuil.
HARRIS, Marvin (2004) – Introducción a la Antropologia general. Madrid: Alianza Editorial. 7.ª Edición.
KEELEY, Lawrence (1997) - War before civilization: The myth of thepeaceful savage. Oxford: Oxford University Press.
KUNST, Michael (2000) – A Guerra no Calcolítico na Península Ibérica. Era- Arqueologia. 2, p. 128-142.
MATEO SAURA (2000) – La Guerra en la Vida de las Comunidades Epipaleolíticas del Mediterráneo Peninsular. Era- Arqueologia. Lisboa: Colibri 2, p. 110- 127.
NASH, George (2005) – Assessing rank and warfare-strategy in prehistoric hunter-gatherer society : a study of representational warrior figures in rock-art from the Spanish Levant, southeastern Spain. In PEARSON, Mike Parker; TORPE, I. J. N., eds – Warfare, violence and slavery in Prehistory. BAR Internacional Series, 1374, p. 75-86.
OSGOOD, Richard; monks, Sarah; Toms, Judith (2000) – Bronze age warfare. London: Sutton Publishing.
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