Por Luis Lobato de Faria
Segundo Keeley (1997, p. 59): “Much of the traditional view of primitive warfare as sportive and ineffectual comes from the direct comparison of primitive and civilized battles”. Não podemos comparar a batalha como forma de guerra primitiva, com a batalha ocidental e contemporânea, a primeira é a forma mais ritual de guerra primitiva e funciona como forma de resolução de conflitos, a última é simplesmente a lei do mais forte.
Nas palavras de Quesada Sanz (1997, p. 45): “La forma occidental de guerra se basa en la búsqueda de una batalla decisiva, sin tener en cuenta el gasto en sangre…”.
Segundo Dennen (1995, p. 97-101) na batalha da guerra primitiva os grupos adversários são formados por relações de parentesco e podem ter de dezenas a milhares de elementos, estes combinam encontrar-se num local determinado da terra de ninguém que faz fronteira entre os grupos. Segundo este autor no local de combate formam duas linhas paralelas a uma distância ligeiramente superior ao alcance dos projécteis, as hostilidades iniciam-se com uma troca de insultos, depois inicia-se o combate propriamente dito, com os guerreiros a aproximarem-se e a lançarem os seus projécteis em dezenas de duelos simultâneos. Ainda segundo o mesmo autor as mulheres e crianças ajudam recuperando os projécteis perdidos e insultando o adversário, os combates são interrompidos por várias razões, quando existem feridos ou anoitece, quando chove ou as hortas necessitam de atenção, no entanto podem prolongar-se por semanas até a questão estar resolvida.
Esta forma de guerra tem muito de ritual, por vezes a eficácia do armamento é reduzida, as baixas são poucas (Gabriel, 1990 apud Otterbein, 2004, p. 37).
A descrição de batalhas campais entre sociedades primitivas tem sido usada para identificar a guerra primitiva como ritual (Otterbein, 2004, p. 35). No entanto o mesmo autor cita Divale: “…viewed these pitched battles…primitive warfare was a ritual or game…and it is suggested that such warfare was extremely effective, perhaps even over effective, in the sense that many cultural controls existed whose primary aim was the regulation and limitation of warfare.”. Existem mesmo registos fotográficos de batalhas campais entre os Dani da Nova Guiné (Keeley, 1997, Foto n.º 1; em Dani).
Segundo Keeley (1997, p. 59): “Much of the traditional view of primitive warfare as sportive and ineffectual comes from the direct comparison of primitive and civilized battles”. Não podemos comparar a batalha como forma de guerra primitiva, com a batalha ocidental e contemporânea, a primeira é a forma mais ritual de guerra primitiva e funciona como forma de resolução de conflitos, a última é simplesmente a lei do mais forte.
Nas palavras de Quesada Sanz (1997, p. 45): “La forma occidental de guerra se basa en la búsqueda de una batalla decisiva, sin tener en cuenta el gasto en sangre…”.
Segundo Dennen (1995, p. 97-101) na batalha da guerra primitiva os grupos adversários são formados por relações de parentesco e podem ter de dezenas a milhares de elementos, estes combinam encontrar-se num local determinado da terra de ninguém que faz fronteira entre os grupos. Segundo este autor no local de combate formam duas linhas paralelas a uma distância ligeiramente superior ao alcance dos projécteis, as hostilidades iniciam-se com uma troca de insultos, depois inicia-se o combate propriamente dito, com os guerreiros a aproximarem-se e a lançarem os seus projécteis em dezenas de duelos simultâneos. Ainda segundo o mesmo autor as mulheres e crianças ajudam recuperando os projécteis perdidos e insultando o adversário, os combates são interrompidos por várias razões, quando existem feridos ou anoitece, quando chove ou as hortas necessitam de atenção, no entanto podem prolongar-se por semanas até a questão estar resolvida.
Esta forma de guerra tem muito de ritual, por vezes a eficácia do armamento é reduzida, as baixas são poucas (Gabriel, 1990 apud Otterbein, 2004, p. 37).
A descrição de batalhas campais entre sociedades primitivas tem sido usada para identificar a guerra primitiva como ritual (Otterbein, 2004, p. 35). No entanto o mesmo autor cita Divale: “…viewed these pitched battles…primitive warfare was a ritual or game…and it is suggested that such warfare was extremely effective, perhaps even over effective, in the sense that many cultural controls existed whose primary aim was the regulation and limitation of warfare.”. Existem mesmo registos fotográficos de batalhas campais entre os Dani da Nova Guiné (Keeley, 1997, Foto n.º 1; em Dani).
Referências:
DENNEN, John Matheus Gerardus van der (1995) – The Origin of War: The Evolution of a Male Coalitional Reproductive Strategy. Groningen: Origin Press.
KEELEY, Lawrence (1997) - War before civilization: The myth of thepeaceful savage. Oxford: Oxford University Press.
OTTERBEIN, Keith F. (2004) – How war began. College Station: Texas A&M University Press.
QUESADA SANZ, Fernando (1997) – Aspectos de la guerra en el mediterráneo antiguo. In Garcia, J. A.; antona del vale; eds – La guerra en la anteguedad: una aproximación al origen de los ejércitos. Madrid: Ministerio de Defensa. p. 33-52.
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